Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?
Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
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Tendo em vista que o sono é uma necessidade básica do organismo, sua falta gera repercussões tanto físicas quanto psicológicas, as quais implicam em diversas consequências. Cansaço, fraqueza, dor de cabeça e no corpo, falta de destreza nos movimentos, irritabilidade, baixa concentração e apatia são alguns exemplos dessas repercussões.
Complicações na vida do paciente com insônia
“O paciente com insônia normalmente apresenta queda no rendimento escolar e do trabalho, aumento do índice de acidentes, maior predisposição à obesidade, desregulação dos hormônios, entre outros problemas. Além disso, o acúmulo de noites mal dormidas se relaciona a transtornos psiquiátricos, como a depressão, e com a baixa da imunidade”, informa o médico do sono Franco Martins.
Os malefícios da falta de sono repercutem com ainda mais seriedade no período da infância, pois nesta fase o sono é essencial para o bom desenvolvimento cerebral e do organismo como um todo. “Muitas crianças recebem atualmente diagnósticos de doença psiquiátrica, como o Transtorno de Déficit de Atenção, mas na verdade estão dormindo mal. O sono ruim é o mal do século, as pessoas trocam o sono por trabalho ou lazer e quando têm a oportunidade de sono, dormem mal”, avalia Martins.
Diagnóstico e tratamento da insônia
O primeiro passo para tratar a insônia é chegar ao diagnóstico correto, o que é obtido na consulta médica. O tratamento pode ser farmacológico ou não farmacológico, dependendo da gravidade, causa e tipo de insônia. O segredo está no ato de escolher a terapia individualizada. Em diversos casos os remédios são indicados, com destaque para os hipnóticos.
Apesar da importância dos remédios no tratamento da insônia, as abordagens não farmacológicas também são essenciais. Hábitos saudáveis que favorecem o sono natural são recomendados, tais como não ingerir bebidas com substâncias estimulantes (café, por exemplo) ou alcoólicas e praticar alguma atividade física regularmente (mas não muito próximo da hora de dormir).
Dr. Franco Chies Martins é médico do sono formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pneumologista formado pela Universidade de Campinas. CRM-SP: 138476