Consulta a distância --> Preço e Horários - Abril-Maio 2020

29 março, 2020

Olá amigos (as), a Telemedicina foi liberada em nosso país, em virtude da atual situação do coronavírus. Você pode ter sua consulta não presencial. 


O que é: atendimento comigo via Skype ou Google Meets (preferencialmente)

Porque: atendimento presencial está suspenso pelo meu risco de contrair o vírus e espalhar para os outros acidentalmente. Mesmo com medidas tomadas, existem casos de infecção dos profissionais de saúde até dentro dos hospitais

Qual a vantagem: você passa em consulta direcionada, economiza tempo e é mais barato, principalmente pelo seu deslocamento. Estudos mostram que 80% dos casos podem ser resolvidos ou direcionados nesse modelo

Qual a desvantagem: eu não posso te examinar. Talvez vc pode precisar ir a um pronto socorro, porém irá com uma carta minha (se desejar) relatando o caso para proporcionar atendimento adequado

Como funciona:

  1. você envia e-mail para contato@doutorfranco.com.br pedindo horário e data que deseja - 2ª a 6ª feira 17h20 17h40 18h 18h20 18h40 19h
  2. faz o pagamento antes da consulta e envia comprovante R$ 224,00
  3. você pode fotografar seus exames e enviar antes se preferir. Ou me enviar o endereço eletrônico do site do laboratório/hospital.
  4. entra no link enviado pela minha equipe no horário determinado. 

Receita médica: enviada para seu celular e e-mail. Caso necessite dela carimbada, envio por correios ou fotografo e envio por whatsapp ou email.

O que não está incluso: atestado médico.



Saiba mais sobre o que é permitido em caratér excepcional, segundo a publicação http://portal.cfm.org.br/images/PDF/2020_oficio_telemedicina.pdf

Teleorientação: para que profissionais da medicina realizem à distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento;

Telemonitoramento: ato realizado sob orientação e supervisão médica para monitoramento ou vigência à distância de parâmetros de saúde e/ou doença.

Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

 

Quanto tempo antes de dormir devo tomar o último café?

15 julho, 2019

Considerando que o tempo para uma boa absorção e redução significativa dos efeitos da cafeína, deveríamos tomar o último café 6h antes do horário que deitamos.

Logo, se vc se deita 23h, retire 6h e temos o último café até 17h, no máximo.


A cafeína além de aumentar o tempo que demoramos para dormir também acelera a atividade cerebral, propiciando despertares e sono desestruturado.

 

Quanto tempo antes de dormir devo tomar o último café?

15 julho, 2019

Considerando que o tempo para uma boa absorção e redução signitificativa dos efeitos da cafeína, deveríamos tomar o último café 6h antes do horário que deitamos.

Logo, se vc se deita 23h, retire 6h e temos o último café até 17h, no máximo.


A caféina além de aumentar o tempo que demoramos para dormir também acelera a atividade cerebral, propiciando despertares e sono desestruturado.

 

Quanto tempo antes de dormir devo tomar o último café?

15 julho, 2019

Considerando que o tempo para uma boa absorção e redução signitificativa dos efeitos da cafeína, deveríamos tomar o último café 6h antes do horário que deitamos.

Logo, se vc se deita 23h, retire 6h e temos o último café até 17h, no máximo.


A caféina além de aumentar o tempo que demoramos para dormir também acelera a atividade cerebral, propiciando despertares e sono desestruturado.

 

Quem deve tratar da Apneia do Sono?

12 abril, 2019

- E o tratamento?

           

    Atualmente, o tratamento é recomendado para todos os pacientes com um IAH de 15 ou mais eventos por hora,


    bem como para pessoas com um IAH de 5 a 14 eventos por hora com sintomas de


  • sonolência,
  • cognição prejudicada (queda na memória),
  • distúrbio de humor (depressão, ansiedade), ou
  • insônia.

            O mesmo vale para quem tem

  • hipertensão
  • cardiopatia isquêmica (infarto, angina prévios)
  • história de AVC (derrame).
 

Quem deve tratar da Apneia do Sono?

12 abril, 2019

- E o tratamento?

           

    Atualmente, o tratamento é recomendado para todos os pacientes com um IAH de 15 ou mais eventos por hora,


    bem como para pessoas com um IAH de 5 a 14 eventos por hora com sintomas de


  • sonolência,
  • cognição prejudicada (queda na memória),
  • distúrbio de humor (depressão, ansiedade), ou
  • insônia.

            O mesmo vale para quem tem

  • hipertensão
  • cardiopatia isquêmica (infarto, angina prévios)
  • história de AVC (derrame).
 

O que é o índice de apneia-hipopneia (IAH)?

12 abril, 2019

- O que é o índice de apneia-hipopneia (IAH)?

Esse é o resultado mais importante, que você deve memorizar, da polissonografia. Durante a noite do exame foram ah coletadas e analisadas várias formações do seu sono vida respira enquanto dormia . Cada respiração foi analisada quanto a forma e amplitude, comumente reduzidas, apesar do esforço da musculatura.

            As apneias obstrutivas são definidas como reduções maiores que 90% no fluxo de ar por mais de 10 segundos de sono, apesar do esforço ventilatório, e as hipopneias são definidas como reduções no fluxo de ar em mais de 30% com queda simultânea na saturação da oxihemoglobina em, no mínimo 3 pontos percentuais ou despertares do sono.

            Todas as apneias e hipopneias são somadas e a quantidade é dividida pelas horas do sono, obtendo-se um valor, um índice de apneia-hipopneia por hora de sono, o IAH. A presença de apneia obstrutiva do sono é definida como um IAH de 5 ou mais eventos por hora. O IAH é usado para categorizar a gravidade da doença; consideramos que as pessoas com um IAH de 5 a 15, 16 a 30, e mais de 30 eventos por a hora são portadoras de apneia de sono obstrutivo leve, moderada, e grave, respectivamente. 

 

Qual o fator de risco mais importante para a apneia obstrutiva do sono?

12 abril, 2019

- Qual é o fator de risco mais importante para a apneia obstrutiva do sono?


Fator de risco é qualquer situação que aumente a probabilidade de ocorrência de uma doença.

 

            Fatores de risco para a Apneia Obstrutiva do Sono são condições que reduzem o tamanho da faringe (garganta) ou aumentam a colapsabilidade (fechamento) das vias aéreas.

            A obesidade é o fator de risco mais importante para apneia obstrutiva do sono. O aumento do tecido adiposo dentro da língua e da faringe compromete as dimensões das vias aéreas superiores e torna-as mais propensas a colapsar durante o sono.

            O sexo masculino é outro fator de risco importante, embora as bases científicas sejam frouxas.

            Outros fatores são o  hipotireoidismo e acromegalia. O tecido tonsilar e adenoide (são amidala e “carne esponjosa”) aumentado e determinadas anomalias craniofaciais (retrognatia e hipodesenvolvimento maxilar) podem igualmente conferir uma predisposição à apneia obstrutiva do sono.


Como vemos, os fatores de risco não envolvem alterações nasais importantes, por isso é incomum (raro, eu diria) "curar" a apneia do sono com cirurgias do nariz. Está na dúvida? Pergunte a quem fez a cirurgia e como está hoje. Não se esqueça de considerar somente os casos em que foi realizada uma segunda polissonografia após a cirurgia, pois somente falar que parou de roncar não é suficiente.

 

Quais são consequências para a saúde de quem tem apneia obstrutiva do sono?

12 abril, 2019

- Quais são consequências potenciais para a saúde de quem apresenta apneia obstrutiva do sono?

           

    
    A apneia obstrutiva do sono está associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Além disso, a apneia de sono obstrutivo é associada a um risco aumentado de


  • Diabetes e de alterações da glicemia, independentemente da obesidade
  • Níveis aumentados de colesterol total, LDL e triglicérides
  • Redução dos níveis de HDL.

            As medicações envolvidas nessas doenças são o losartan, enalapril, sinvastatina e atorvastatina, metformina, fibrato e muitos outros. No consultório vejo casos de pacientes a cada ano aumentando o uso dessa classe de medicações, realizando MAPA, holter, eletro e ecocardiograma sem um exame do sono solicitado.

 

Quais sintomas posso ter pela apneia do sono?

12 abril, 2019

 

Quais sintomas posso ter com apneia do sono?

 

A apneia de sono deve ser lembrada em todos os pacientes que relatam sonolência, aqueles cochilos lendo uma revista, sentado na mesa ou vendo televisão. Dos vários sintomas possíveis, selecionei aqueles que mais observo.


  • Ronco alto ou irregular
  • Noctúria (urinar muito a noite) - não é normal levantar 2-3x para urinar, mesmo quem bebe bastante água 
  • Boca seca ao despertar
  • Dores de cabeça pela manhã


Importante retomar que nem todas as pessoas irão relatar todos os sintomas acima.

 

Quais são os medicamentos para insônia?

25 fevereiro, 2019

Seguindo o aumento de casos de insônia pelo mundo, novos métodos para melhorar a quantidade e qualidade das horas de sono são frequentemente descobertos. Dez a quinze por cento da população tem insônia nos Estados Unidos. As medicações têm apresentado resultado bem adequado, quando associado a mudanças dos hábitos e crença de sono. Foram prescritos 60 milhões medicamentos para insônia em 2011, com aumento de 20% sobre os últimos cinco anos. O campeão de vendas no mundo foi a Trazodona, nome comercial Donaren®.

Frente a essa demanda, medicamentos para insônia acabam por surgir no Brasil nos últimos cinco anos. Temos disponível no Brasil benzodiazepínicos (tarja preta) não hipnóticos, dois não-benzodiazepínicos GABA (zolpidem e zopiclone) e em breve, receptor de melatonina Ramelteon.

Ao mesmo tempo, existem alguns remédios que realmente podem te ajudar ao serem consumidos da maneira correta. É verdade que, ao serem consumidos arbitrariamente e sem recomendação, sua insônia pode não ser alterada, ou até piore. Tendo dito, separei este artigo para você finalmente descobrir quais são os melhores remédios para dormir melhor e combater a insônia. Vamos lá!

Quais são os medicamentos para insônia?

Os medicamentos na farmácia que não precisam de receita médica podem ser comprados caso você deseje começar a combater a insônia antes de consultar um profissional. Importante sabermos que podem hvaer efeitos colaterais e interações medicamentosas. Nenhum remédio é livre desses efeitos. Importante evitar abuso, a maioria destes medicamentos podem ser úteis temporariamente. Abaixo, segue a lista dos principais:

1.      Álcool – cerveja, vinho, uísque, cachaça, conhaque, licor, espumante.

Apesar de proscrito como tratamento pelos médicos, estudo americano em Detroit mostrou que 13% dos entrevistados havia usado álcool no ano anterior para tentar dormir. Além de propiciar dependência, o álcool não exerce bom efeito sobre o sono. Ele causa uma fragmentação do sono, tornando-o mais leve. Atualmente atribui-se muito do efeito da ressaca à má qualidade de sono.

2.      Passiflora – Ritmoneuran, Tensart, Pasalix, Seacalm, Sintocalm, Ansiodorom, Calma, Cardiopax, Neurexam

A passiflora nada mais é que o maracujá. Você pode fazer um suco em casa se quiser. Vem na dosagem de 35 mg. Estudos mostram efeitos discretos. A indústria farmacêutica bate bastante nessa tecla pois o remédio não precisa de receita médica e é de baixo custo de produção. Algumas propagandas com um nome sugestivo, mulheres de meia idade serenas, calmas e plenas é o suficiente para alavancar as vendas. Se funcionou para você temos duas opções: você tem muita sorte, ou foi efeito placebo.

3.      Difenidramina – antialérgico

São mais conhecidos por seu efeito antialérgico, causam sonolência por efeito colateral ao penetrar o sistema nervoso central. Funcionam no começo, em uma viagem, por exemplo. Após 4 a 5 dias perdem o efeito de sono, porém ainda causam risco de acidentes. Tal efeito é descrito em bula, não sendo recomendado dirigir veículos sob efeito deles.

4.      Melatonina – até o momento somente por manipulação

Estamos falando de um hormônio que é produzido pelo nosso próprio organismo, tendo a função primária de regular o ritmo circadiano. Esse ritmo é o nosso relógio biológico. Falo sobre isso no Curso AutoAjuda da Insônia e no meu canal do youtube.. 

A produção da melatonina é controlada pela exposição de luz, sendo estimulada logo ao anoitecer. É por conta disso que é bem difícil adormecer em ambientes que possuam claridade. Ainda não se sabe ao certo a real ação da melatonina como indutor do sono, acredita-se estar relacionada ao efeito GABA, neurotransmissor que inibe a atividade dos neurônios.

Ao tomar a melatonina, ela irá ajudar em caso de distúrbios do seu sono relacionados a alterações no ritmo circadiano. A ação da melatonina é reduzida com o envelhecimento, sendo possível que pessoas com mais idade se beneficiem da medicação para produzir sono.

Como a melatonina do corpo (endógena) atua relacionada ao ciclo claro-escuro, luz-noite, é esperado que deva haver um horário correto para seu uso. Aqui muitas pessoas se equivocam, tomam a melatonina pouco antes de ir para a cama. O ideal seria tomar logo após o anoitecer, na dosagem preconizada pelo médico. Tomar o remédio muito tarde causa sonolência, fadiga e sensação de “bebedeira ou ressaca” na manhã seguinte, efeito residual da droga.

Medicamentos mais utilizados para insônia

Temos vários medicamentos para insônia.

Inicio falando dos chamados Benzodiazepínicos, medicamentos vendidos em caixa com tarja preta, pelo risco de morte e efeitos colaterais graves. Têm efeito ansiolítico, relaxante muscular e anticonvulsivante. O medicamento atinge o cérebro e se liga aos receptores “GABA”, onde se relacionam também com regulação de temperatura do corpo, sensibilidade, atividade endócrina, respiratória e cardiovascular.

Dentro da medicina do sono, medicações tarja preta, os ‘zepams” são última escolha no tratamento da insônia. Raramente prescrevemos essas medicações para maioria dos insones. Não queremos efeitos indesejados como dependência, tolerância e abstinência.

Apesar de prescrevermos pouco, o Brasil é campeão mundial no uso de benzodiazepínicos. Possivelmente prescrito por médicos não especialistas. Fiz uma lista dos medicamentos comumente prescritos, sendo eles:

5.      Flurazepam – Dalmadorm

Apresentação única em comprimido revestido de 30mg. Problema: fica no corpo de 48 a 120 horas! É um dos poucos benzodiazepínicos hipnóticos, junto com o estazolam

6.      Estazolam – Noctal

Um dos poucos com efeito para o sono realmente. Comprimidos de 2mg.

7.      Alprazolam – Frontal, Apraz, Constante

Dose mais comum: 0,25 a 1 mg.

8.      Bromazepam – Lexotan, Somalium, Lexfast

Dosagem mais comum 3mg a noite.

9.      clonazepam – Rivotril, Clopam

Certamente, o mais famoso. O Rivotril, também é utilizado nos casos de ansiedade, depressão, agorafobia e sindrome do pânico. Vem em gotas ou comprimidos.

10.  Diazepam

O mais barato, disponível na rede do SUS. Fica de 30 a 100 horas circulante no corpo. Isso mesmo! Até cem horas circulante no seu organismo!

11.  Zolpidem – Stilnox; Lioram; Patz SL; Zolfest D; Noctiden, Sonotrat CR, Zolpirest, Turno, Insonox, Zolpaz, Prompt, Zylinox, Stilram

Zopiclona: Imovane 7,5mg

São drogas mais novas, com efeito semelhante ao dos benzodiazepínicos (zepams), porém com menor potencial de dependência. Deve ser ter cuidado com uso em idosos, por aumentar o risco de queda e fratura. Cuidado também com a dosagem em mulheres, que deve ser iniciada na menor dose da apresentação, 5mg, no caso do zolpidem. Iniciam seu efeito de sono em 20 minutos, sem muita diferença entre as formulações. Existe ainda a apresentação em liberação prolongada, que pode ser útil na insônia de meio de noite, onde o zopiclone também é boa opção por durar mais tempo no organismo. Em média permanecem 2,5 horas circulantes.

Dentro da medicina do sono, tentamos sempre utilizar essa medicações para insônia aguda, casos mais pontuais. Evitamos o uso a longo prazo, mais que 3 a 6 meses. Infelizmente observamos uma parcela das pacientes que acabam “adorando” a medicação e têm medo de interromper o uso. Para essas pessoas, é mais fácil viver renovando a receita do que fazer um acompanhamento médico e tentar o desmame. Ou o profissional não tem interesse em comprar essa briga. Simplesmente é mais fácil continuar...

12.  Lorazepam – lorax, lorapan

Vantagem de são ser metabolizado pelo fígado, útil em etilistas, alcoólatras, boêmios e afins. Dose habitual 2mg

13.  Quetiapina – Seroquel, Atip, Tracox, Queopine, Quet, Kitapen, Aebol, Querok, Quetibux, Quetipin, Quetiel, Quetros, Queropax, Neotiapim

14.  Trazodona – Donaren, loredon

Droga mais utilizada para insônia em registros mundiais. Tem efeito hipnótico interessante, não causa os efeitos negativos dos benzodiazepínicos. Utilizamos na dose de 25 e 50mg. Facilita o início do sono e pode aumentar o sono profundo, permite maior estabilidade do sono.

15.  Duloxetina – mais utilizado quando coexiste um transtorno depressivo.

Essas foram minhas considerações sobre os medicamentos. Nada disso exclui que você converse com seu médico. O objetivo é lhe munir de informações para não ficar perguntando o óbvio na consulta. Um abraço, durma bem. Dr Franco Martins.

 

Quais são os riscos da apneia do sono não tratada?

4 fevereiro, 2019

Enquanto a apneia do sono é mais conhecida como uma condição respiratória que causa sono de má qualidade, a apnéia do sono não tratada resulta em muito mais do que apenas uma noite de sono ruim: pode ser uma condição séria e potencialmente letal. Apneia do sono não tratada, é um fator de risco contribuinte para obesidade, diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral, doença cardiovascular (DCV) e depressão.

Ou seja, se uma pessoa já tem alguma dessas doenças, a apneia pode piorar o controle das mesmas. Vejo casos assim em pacientes que cada ano aumentam a quantidade de medicamentos, ou mesmo fazendo de tudo como dieta e exercícios, ainda precisam tomar os remédios.
Com a apnéia do sono, cada obstrução de sua via aérea (apneia ou hipopneia) que ocorre durante o sono reduz o nível de oxigênio do corpo e força-o a reter o dióxido de carbono (CO2) que você normalmente expira. Como resultado, os gases do sangue do seu corpo ficam desequilibrados. Essas obstruções também aumentam a frequência cardíaca, elevam a pressão arterial e, eventualmente, deprimem o sistema de resposta automática do organismo, que pode resultar em apneias cada vez mais graves e em despertares (e microdespertares) mais frequentes.

Pessoas com apneia do sono grave podem experimentar mais de 30 despertares por hora! Grande parte dos apneicos nem se lembra delas, mas quem dorme do lado percebe...
Pesquisas mostram que o ronco e a apnéia do sono estão associados a vários outros fatores de risco à sua saúde e bem-estar. De fato, quem sofre de apneia do sono tem:

  • ·         Quase o dobro do risco de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares
  • ·         Três vezes o risco de morrer de problemas cardiovasculares
  • ·         Mais de seis vezes o risco de ter um acidente de trânsito
Portanto, se você tem sonolência durante o dia ou acha que pode ter apneia do sono, deve consultar seu médico o mais rápido possível.
Você também pode gostar de outros textos no blog. Um abraço e durma bem, Dr Franco Martins.

 

Insônia em idosos

28 janeiro, 2019

Os problemas que os distúrbios do sono geram são realmente diversos. A insônia em idosos, de maneira mais específica, vem sendo objeto de estudo frequente. Afinal, por tratar-se de alguém com idade mais avançada geralmente nossos pais ou avós, é natural perguntar se é algo normal e se deve ou não ser ignorado.

A grande verdade é que a muitos idosos apontam alguma perturbação durante o sono, reclamando da demora em adormecer ou pelo fato de ficarem a noite toda acordados, alguns com sono bem mais leve que o normal.

Visando a preparação para o futuro e o auxílio das pessoas da terceira idade em nosso meio de vida, preparei este artigo para desmistificar algumas coisas e dar algumas dicas referente a este impacto da insônia.

Existe insônia em idosos?

Conforme já dito em outros artigos, a necessidade diária de sono tende a diminuir conforme o passar do tempo. Quer um exemplo mais prático? Basta pegar os bebês: eles podem chegar até 20 horas de sono por dia. Já nós, os adultos, precisamos de 7,5 horas para recuperar nossas energias. Claro que esse número de horas é variável para cada pessoa, alguns precisam de mais, outros menos. Não existe um valor fixo! Essa mudança acontece naturalmente conforme nosso cérebro se desenvolve e amadurece. Temos mais sono REM quando bebês e crianças, por exemplo.

Veja na figura. No nascimento (Birth, em português) temos muito sono REM (laranja) e Não-REM (NREM, lilás) chegando a maior parte do dia dormindo! Com o passar do tempo, vemos que a faixa laranja diminui, a lilás aumenta e o tempo acordado (Awake) também. Ou seja, a necessidade de horas de sono diminui com o passar da idade. Idosos precisam de menos sono do que os mais novos. Aí estão envolvidos vários hormônios e substâncias produzidas pelo sistema nervoso.  



O hormônio do sono, melatonina, se estabiliza no cérebro e hipotálamo com o avanço da idade. Em bebês recém nascidos, existe ainda o efeito residual da melatonina da mãe por algumas semanas.

Comparativamente falando, uma pessoa de 60 anos possui aproximadamente metade da melatonina de alguém que esteja entre 19 e 20 anos de idade. Acima dos 60, é provável que os níveis sejam ainda mais baixos, apesar de haverem poucas pesquisas conclusivas sobre o assunto. Dosar a melatonina ainda é muito caro, estando restrito a protocolos de pesquisa.

Além da redução natural das horas que o indivíduo na terceira idade possui, existe também o avanço de fase do sono, sendo um adiantamento direto no relógio biológico. É exatamente isso que vai explicar o fato do seu pai ou avô, por exemplo, dormir no início da noite e acordar bastante cedo. É importante ter cuidado nesta fase, tratando-se de algo natural e que não deve ser tratado como insônia.




Por que acontece a insônia em idosos e como podemos ajudar?

Bom, é importante falarmos dos distúrbios do sono como um todo. Tais problemas podem atingir tanto idosos como pessoas mais novas, mas sempre considerando que sua incidência é mais comum na terceira idade, especialmente falando de pessoas que estão acima de 65 anos de idade. Tudo isso é possível graças a doenças crônicas, acompanhados do uso de medicamentos. Frequentemente nas consultas preciso trocar os horários de medicamentos que pacientes tomam. As vezes isso já resolve o problema.

A consequência de uma noite mal dormida pelo idoso pode ser sentida durante o dia. Sintomas podem ser irritação além do normal, diminuição do seu desempenho diário, alteração de memória e concentração. Alguns idosos passam a urinar 3, 4, 5 vezes por noite, acreditando piamente que tudo isso se deve somente a alterações na próstata...

Para você conseguir ajudar uma pessoa de terceira idade, entenda que ela é única e merece cuidados sempre específicos. O envelhecimento do organismo acarreta mudanças que diferem dos mais jovens, portanto medicamentos e exames devem ser interpretados de forma diferente. Imaginar que é tudo igual é a chave para o fracasso. Aconselhar ou levar o idoso(a) para um especialista do sono deveria ser a primeira opção, garantindo que os distúrbios sejam tratados de maneira eficaz e consistentes. Muitas pessoas não têm acesso a profissionais especializados. Por isso escrevo esses textos e gravo vídeos, objetivando disseminar informações.

A troca de hábitos diários, como a alimentação, também é uma importante aliada na hora de garantir um sono melhor para o idoso. O consumo de frutas, como a banana, pode ser importante para produção de serotonina em nosso corpo.

Outro alimento importante para entrar na lista de indicação alimentar é a farinha de aveia que, graças a sua fonte de triptofano, estimula a liberação de insulina e substâncias químicas cerebrais que induzem o sono natural.

Finalizando, é comum o idoso dormir menos que o resto da família. Deitar um pouco mais tarde pode permitir que ele acorde também mais tarde, sentindo-se mais ajustado aos demais. Não espere um idoso dormindo mais que oito horas por noite, se isso acontecer, doenças devem ser pesquisadas, como demência, medicamentos, hipotireoidismo, depressão, insuficiência cardíaca e renal.

 

Insônia: Irritabilidade pode ser um sintoma de noites mal dormidas?

28 janeiro, 2019

Insônia: Irritabilidade pode ser um sintoma de noites mal dormidas?

REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA 

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Dormir mal durante noites seguidas por causa da insônia ou até mesmo não conseguir dormir durante todo o período que era para ser de sono traz consequências negativas para a saúde física e mental. O estado de irritabilidade é um exemplo importante. E o pior é que o paciente irritado encontra ainda mais dificuldade para conseguir dormir.  

 

Relação entre insônia e irritabilidade

 

“Sem dúvidas, a irritabilidade pode ser um sintoma de noites mal dormidas. Trata-se de um quadro de dois autores: a frustração psicológica da noite ruim e as substâncias cerebrais do sono”, afirma o médico do sono Franco Martins. A falta de sono leva ao excesso dessas substâncias no cérebro, o que resulta em sintomas como a irritabilidade.   

“Quando dormimos bem, várias substâncias são absorvidas, uma verdadeira faxina cerebral. No sono ruim, essas substâncias se acumulam e mudam a atividade cerebral, predispondo à irritabilidade”, completa o médico. Vale ressaltar que a insônia pode tanto provocar irritabilidade, quanto esta pode provocar um quadro de insônia. Ambas estão fortemente conectadas.

 

Sintomas, ciclo vicioso e tratamento da insônia

 

Além da irritabilidade, outros sintomas típicos da insônia são: fadiga e mal-estar; deficiência de memória; desempenho social, familiar, ocupacional ou acadêmico prejudicado; sonolência diurna; problemas comportamentais (hiperatividade, impulsividade, agressão); queda da energia e iniciativa; maior propensão a erros e acidentes; preocupações ou insatisfação com o sono.

Todos esses sintomas citados fazem parte do ciclo vicioso da insônia. Quanto mais incômodo é o sono, mais os sintomas aparecem e prejudicam o sono da noite seguinte, e assim sucessivamente. O tratamento da insônia e dos distúrbios do sono visa interromper esse ciclo. Normalmente ele é feito com o auxílio de medicamentos específicos.

 

Dr. Franco Chies Martins é médico do sono formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pneumologista formado pela Universidade de Campinas. CRM-SP: 138476

https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/insonia/quais-sao-as-repercussoes-fisicas-de-passar-varios-dias-dormindo-mal



 

Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?

28 janeiro, 2019

Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?

REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA 

COLABORARAM NESTE CONTEÚDO: 

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Tendo em vista que o sono é uma necessidade básica do organismo, sua falta gera repercussões tanto físicas quanto psicológicas, as quais implicam em diversas consequências. Cansaço, fraqueza, dor de cabeça e no corpo, falta de destreza nos movimentos, irritabilidade, baixa concentração e apatia são alguns exemplos dessas repercussões.

Complicações na vida do paciente com insônia

“O paciente com insônia normalmente apresenta queda no rendimento escolar e do trabalho, aumento do índice de acidentes, maior predisposição à obesidade, desregulação dos hormônios, entre outros problemas. Além disso, o acúmulo de noites mal dormidas se relaciona a transtornos psiquiátricos, como a depressão, e com a baixa da imunidade”, informa o médico do sono Franco Martins.

Os malefícios da falta de sono repercutem com ainda mais seriedade no período da infância, pois nesta fase o sono é essencial para o bom desenvolvimento cerebral e do organismo como um todo. “Muitas crianças recebem atualmente diagnósticos de doença psiquiátrica, como o Transtorno de Déficit de Atenção, mas na verdade estão dormindo mal. O sono ruim é o mal do século, as pessoas trocam o sono por trabalho ou lazer e quando têm a oportunidade de sono, dormem mal”, avalia Martins.

Diagnóstico e tratamento da insônia

O primeiro passo para tratar a insônia é chegar ao diagnóstico correto, o que é obtido na consulta médica. O tratamento pode ser farmacológico ou não farmacológico, dependendo da gravidade, causa e tipo de insônia. O segredo está no ato de escolher a terapia individualizada. Em diversos casos os remédios são indicados, com destaque para os hipnóticos.

Apesar da importância dos remédios no tratamento da insônia, as abordagens não farmacológicas também são essenciais. Hábitos saudáveis que favorecem o sono natural são recomendados, tais como não ingerir bebidas com substâncias estimulantes (café, por exemplo) ou alcoólicas e praticar alguma atividade física regularmente (mas não muito próximo da hora de dormir).   

Dr. Franco Chies Martins é médico do sono formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pneumologista formado pela Universidade de Campinas. CRM-SP: 138476

https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/insonia/quais-sao-as-repercussoes-fisicas-de-passar-varios-dias-dormindo-mal


 

Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?

28 janeiro, 2019

Quais são as repercussões físicas de passar vários dias dormindo mal?

REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA 

COLABORARAM NESTE CONTEÚDO: 

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Tendo em vista que o sono é uma necessidade básica do organismo, sua falta gera repercussões tanto físicas quanto psicológicas, as quais implicam em diversas consequências. Cansaço, fraqueza, dor de cabeça e no corpo, falta de destreza nos movimentos, irritabilidade, baixa concentração e apatia são alguns exemplos dessas repercussões.

Complicações na vida do paciente com insônia

“O paciente com insônia normalmente apresenta queda no rendimento escolar e do trabalho, aumento do índice de acidentes, maior predisposição à obesidade, desregulação dos hormônios, entre outros problemas. Além disso, o acúmulo de noites mal dormidas se relaciona a transtornos psiquiátricos, como a depressão, e com a baixa da imunidade”, informa o médico do sono Franco Martins.

Os malefícios da falta de sono repercutem com ainda mais seriedade no período da infância, pois nesta fase o sono é essencial para o bom desenvolvimento cerebral e do organismo como um todo. “Muitas crianças recebem atualmente diagnósticos de doença psiquiátrica, como o Transtorno de Déficit de Atenção, mas na verdade estão dormindo mal. O sono ruim é o mal do século, as pessoas trocam o sono por trabalho ou lazer e quando têm a oportunidade de sono, dormem mal”, avalia Martins.

Diagnóstico e tratamento da insônia

O primeiro passo para tratar a insônia é chegar ao diagnóstico correto, o que é obtido na consulta médica. O tratamento pode ser farmacológico ou não farmacológico, dependendo da gravidade, causa e tipo de insônia. O segredo está no ato de escolher a terapia individualizada. Em diversos casos os remédios são indicados, com destaque para os hipnóticos.

Apesar da importância dos remédios no tratamento da insônia, as abordagens não farmacológicas também são essenciais. Hábitos saudáveis que favorecem o sono natural são recomendados, tais como não ingerir bebidas com substâncias estimulantes (café, por exemplo) ou alcoólicas e praticar alguma atividade física regularmente (mas não muito próximo da hora de dormir).   

Dr. Franco Chies Martins é médico do sono formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pneumologista formado pela Universidade de Campinas. CRM-SP: 138476

https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/insonia/quais-sao-as-repercussoes-fisicas-de-passar-varios-dias-dormindo-mal


 

7 segredos de produtividade e Sono

7 janeiro, 2019

Hoje, 7 de janeiro, é meu aniversário! Para comemorar, eu, Dr Franco Martins, médico do sono, separei uma lista de 7 segredos para otimizar seu dia nas primeiras horas da manhã!

 

Faço isso pouco antes das 7h. Vamos lá!

 

 

1 - Meditação. Pode mudar sua vida! Aqueles 5 minutos servem para planejar seu dia. Começar o dia sem correria fará vc viver mais e mais leve.

Algumas pessoas mais vespertinas têm medo de acabar caindo no sono. Uma dica então é jogar a meditação para o fim do dia, 1h antes de dormir.

 

2 -  Atividade Física. Ótimo! Lembre-se de se alongar e fazer um bom aquecimento de 15 minutos.

Exercícios matinais são os campeões de lesão, pois o corpo ainda está rígido tendo estado inativo a noite toda.


3 - Durma com a roupa da academia: Por quê? Se vc acordar cedo e ainda tiver que refletir que roupa pegar e vestir, grande chance de desistir e continuar no quentinho da cama.
Faça o difícil ficar fácil, e o fácil ficar difícil. Em outras palavras, ajude seu cérebro a trabalhar. Se estamos vestidos para malhar, fica mais fácil já sair da cama para seu exercício, e mais difícil lidar com o fato de já estar de roupa e ficar ali parado.


4 - Encontre uma razão para se levantar. Sua meta precisa ser forte o suficiente para fazer vc continuar.

Pessoas desistem no meio do caminho porque não estão motivadas, não têm um motivo realmente forte para saírem da zona de conforto. Encontre o seu antes de tentar algo mirabolante.


5 -  Não pule o café da manhã! Ao menos, tente. Alguns vespertinos não conseguem nem pensar em comer logo cedo. Esse é o pulo do gato dos matutinos em produtividade! O café da manhã é minha maior refeição. Não é uma questão de querer ou fazer manha, coma algo como uma fruta ou uma barrinha de cereais.

 

6 - Defina a meta principal do dia. Pessoas não alcançam seus objetivos porque fazem pequenas coisas de baixo resultado. Escolha aquilo que é mais importante no dia. Quando realizá-lo terá a maravilhosa sensação de realização.

 

7 - Aprenda. Se quer ser mais produtivo, estude produtividade. Se quer dormir melhor, aprenda como funciona o sono. Separe alguns minutos do seu dia para se dedicar à sua saúde. 10 minutos por dia farão muito sentido daqui um ano.

 

 

Como acabar com o ronco

7 janeiro, 2019

É possível acabar com o ronco? Sim e não. Entendamos primeiramente que o ronco é a diminuição da passagem do ar pela faringe (garganta), causando vibração e emitindo o som característico. Quanto menos espaço houver para passar o ar, mais barulho. Até o ponto em que não existe mais espaço para passagem do ar, causando a apneia. Então, sempre que houver apneia, houve ronco antes, pois o espaço foi se fechando gradativamente, até o colapso. Mas nem sempre que há ronco há apneia, por isso metade da população de São Paulo ronca, mas 1 a cada 3 tem apneia.

Voltemos a nossa pergunta, porquê de a resposta ser sim e não? Sim porque o ronco isolado, chamado na medicina do sono de ronco primário, tem tratamento e pode acabar. Não porque se houver apneia do sono associado, dificilmente o ronco e a apneia acabam, apesar de terem tratamento.

Temos algumas opções, algumas mais fáceis que outras.

1.       Perder peso. Algumas pessoas têm tendência para depositar gordura na região do pescoço, especialmente na faringe e língua, ocupando espaço onde deveria passar o ar. Logo, menos peso, menos gordura e mais espaço para o ar, diminuindo o ronco

2.       Durma de lado. Pessoas que roncam muitas vezes, principalmente homens, o fazem mais quando estão de barriga para cima. A língua cai e obstrui a passagem do ar. Dormir de lado é uma opção, porém você pode se virar durante a noite e tudo vai por água abaixo. Uma opção que oriento a alguns pacientes é costurar uma bola de tênis na parte de trás da camisa de dormir, ao se virar durante a noite, a bola de tênis incomoda e faz você voltar a decúbito lateral

3.        Evite álcool a noite. O álcool, mesmo em baixa quantidade, relaxa a musculatura do corpo, e da faringe também. Os músculos relaxados facilitam o ronco e a apneia

4.       Terapia de motricidade orofacial, os exercícios para o ronco. Realizados por fonoaudióloga especialista em sono, o tratamento é como se fosse uma academia para a garganta, fortalecendo os músculos da região. Esse tratamento é comprovado cientificamente, sendo realizado de forma pioneira no Laboratório do Sono do InCor. Hoje é disponível na HSono (minha clínica do sono) e em outros centros de excelência do Brasil

5.       Aparelho Intra Oral. Ajustado pelo Ortodontista do Sono, o objetivo é avançar a mandíbula liberando espaço na faringe acabando com o ronco e apneia também. Porém reside aqui um detalhe, esse tratamento não é o mesmo que o de bruxismo, não tem a ver com placa de bruxismo e não é qualquer dentista que tem bons resultados. Eu pessoalmente tenho apenas dois dentistas em São Paulo que confio e observo de perto os resultados positivos.

Então essas são as opções para acabar com o ronco e deixar seu parceiro ou parceira. Durma bem, Dr Franco Martins, o médico do sono.



 

Celular antes de dormir afeta o sono

11 setembro, 2018

Atualmente vivemos hiperconectados. Ligados ao celular com redes sociais, mensagens e sites. Durante o dia e durante a noite. Porém nosso corpo não foi projetado para tanta exposição de luz no período noturno, quando o cérebro começa a reduzir a sua atividade. Celulares, tablets, computadores e a própria televisão emitem brilho, luz. Os melhores aparelhos são considerados ter muito brilho. E dentro desse brilho temos a cor de luz azul. Esse espectro de luz é o mais poderosa redutor da atividade da melatonina, o hormônio do sono. Essa substância é liberada e absorvida baseado no ciclo claro escuro, dia noite. A melatonina além de facilitar o início do sono também é responsável por manter o sono mais tranquilo e estável. Portanto, buscamos durante o período da noite, para melhorar o sono, altos níveis de melatonina. Pessoas que ficam usando celular antes de dormir, estão reduzindo o efeito da melatonina, demorando mais tempo para iniciar o sono. Também apresentam sono mais fragmentado, picotado. Então esse sono leve pode estar sendo causado pelo excesso de luz que vem do seu celular.

Os aparelhos de celular mais novos vêm com uma tecnologia que reduz o espectro de luz azul durante a noite. Ativada, deixa a tela mais amarelada em virtude da ausência da luz azul. Porém mesmo assim o sono não será de plena qualidade. Quando ficamos mexendo no aparelho estamos independentemente da luz ativando o cérebro, pois ficamos nervosos, ansiosos, achamos algo engraçada ou até mesmo preocupados com email ou mensagem inesperada. Essa ativação cerebral vai também diminuir a qualidade do sono. Principalmente em pessoas ansiosas.

O que fazer então para reduzir esses efeitos negativos do celular a noite?

1.       Ative o Redutor de luz azul durante o período noturno após as 19h às 7 da manhã. Se você mora em um local que fica escuro mais tarde, ajuste o filtro para esse horário até o amanhecer.

2.       Resolva os seus problemas 1h antes de ir para a cama. Mande mensagem e avise as pessoas que após aquele período você não estará mais disponível para conversar exceto em casos de emergência.

3.       Tenho um caderno de anotações à beira da cama. Você pode anotar ali suas preocupações e pensamentos e tarefas do dia seguinte. Fazendo isso você evita mexer no celular para checar alguma data ou horário. Você também pode anotar ali alguma ideia ou caso lembre-se de algo no meio da noite, iluminado por abajur ou luminária amarela preferencialmente.

4.       Existem aplicativos que controlam o uso das redes sociais e mensagens. Você pode instalá-los e bloquear o acesso após determinado horário, por exemplo 22h até amanhã de manhã seguinte.

5.       Coloque seu celular para carregar em outro cômodo longe da cama, com visor virado para baixo, desativando as vibrações e sinais luminosos. Lembre-se: nada é tão importante que não pode ser resolvido amanhã, melhor ainda será com o sono em dia e bem-disposto.

 

Insônia na adolescência

20 agosto, 2018

Similar aos adultos, é completamente possível existir insônia na adolescência. Mau humor matinal, falta de apetite para o café da manhã e irritabilidade. Dificuldades no aprendizado, principalmente nas matérias das primeiras aulas da manhã.

Enfrentar problemas frequentes para dormir e manter o sono. Porém, por ainda estarem no período do ensino médio, a insônia aparece como uma verdadeira vilã do desempenho do jovem.

Além de ter sonolência durante sua vida diária, os sintomas da insônia durante a adolescência ainda contemplam mudanças de humor frequentes, irritabilidade, agressividade, problemas constantes de memória e a diminuição na capacidade de atenção focada ou geral.

Entender e saber como enfrentar este problema é, sem dúvida nenhuma, um dever de todos os pais, sendo exatamente por este motivo que reuni algumas informações que vão te ajudar bastante.

Causas da insônia na adolescência

Para começar, a razão mais comum no qual os adolescentes não conseguem receber a quantidade de sono suficiente começa pela falta do hábito em dormir em um determinado horário. Tal problema é frequente ao redor dos pais que não conseguem determinar quando seu filho deve ir para a cama. Se organizar para terminar as atividades até, no máximo 20h, 21h vai facilitar que ele consiga reduzir a atividade cerebral, aquietando-se para dormir no horário da família.

Crianças entre os seis e doze anos de idade precisam cerca de dez a onze horas de sono a cada noite. Porém, os adolescentes precisam de aproximadamente nove horas para conseguir gerar o descanso essencial para o seu organismo. Logo, caso seu filho acorde cedo para ir a escola, ele não pode dormir tarde (conforme acontece em diversas famílias). As aulas começarem muito cedo, as vezes ainda antes das sete da manhã, dificultando a organização familiar.

Caso você garanta que seu filho está indo para a cama cedo após um dia cheio de atividades, mas mesmo assim não consegue ter uma boa noite de sono, então certamente o problema deve ser envolto de:

·         Estresse constante;

·         Apneia obstrutiva do sono (ronco);

·         Asma/Tosse;

.         Rinite alérgica não controlada

·         Depressão e Ansiedade;

.         Não está dormindo, fica jogando ou vendo vídeos no celular, mexendo no whatsapp 

A insônia na adolescência muitas vezes pode ser um sinal direto de depressão e ansiedade, sendo estes os piores problemas que geralmente o jovem enfrenta na hora de dormir.

Um efeito que não é doença porém pode ser de difícil manejo é o uso de video game e celular a noite. O vídeo game acelera muito o cérebro, o inverso do que queremos para o sono. É essencial determinar um horário máximo que o jovem pode jogar. Pode ser difícil no começo, mas o resultado aparece e o julgamento do adolescente geralmente é superficial e unilateral. A autoridade dos pais se mostra nesse momento.  

Os adolescentes com as características acima geralmente são mais ativos de noite, impedindo que o mesmo consiga ter uma boa noite de sono e fomentando um dia mais sonolento e não-produtivo. Isso acontece naturalmente, pois no final da adolescência o ser humano fica mais notívago, mais vespertino. Porém isso não é desculpa para a falta de higiene do sono.

Tratamentos para a insônia na adolescência

Mesmo que muitos pais queiram recorrer a alguma receita baseada em modelos para tratar a insônia na adolescência, é realmente importante buscar aconselhamento de algum especialista do sono ou, caso você já tenha informação que seu filho sofre de depressão, tratamentos psicológicos que possam ajudá-lo. Ajustar os horários de acordar, desligar televisão, encerrar o celular são a base do tratamento.

Quer um exemplo mais direto? Caso perceba que seu filho ronque alto durante a noite, ele precisará de avaliação médica. Caso seu filho tenha tosse noturna frequente mesmo sem estar resfriado ou doente de alguma for, pode indicar asma.

As pílulas para dormir que geralmente assistimos na televisão não foram testadas em jovens. Infelizmente, existem muitos pais que acabam sendo aconselhados indiretamente a comprarem qualquer remédio midiático, prejudicando ainda mais o estado atual do jovem.

Para o tratamento efetivo e natural contra a insônia juvenil, existem algumas dicas que você pode começar a aderir em sua própria casa. Confira:

·         Evite que o mesmo consuma cafeína;

·         Garanta que ele gaste suas energias durante o dia, tanto fisicamente quanto psicologicamente (estudos);

·         Caso seu filho não tenha sono na hora programada para dormir, faça o mesmo ler algum livro ou qualquer atividade tranquila;

·         Tenha um horário certo para seu filho dormir e acordar;

·         Restrinja o tempo gasto na cama para dormir. Tente impedir que o mesmo fique assistindo televisão, mexendo no celular.

Esta fase da vida é difícil, o papel dos pais como chatos e implicantes é comum. A principal mensagem é mantenha horários e higiene do sono. Seu filho(a) estudará melhor e viverá melhor.

 

Insônia Crônica existe

20 agosto, 2018

Quando um indivíduo apresenta sintomas como a dificuldade em conseguir pegar no sono ou continuar dormindo, ou acordar mais cedo do que o habitual, mais que três vezes por semana por mais que três meses, pode dizer que ele está sofrendo de insônia crônica. Um quadro que foi inicial e se perpetuou, a pessoa desaprendeu a dormir.

Suas causas são realmente variadas e seu tratamento pode ser feito através da reeducação diária e troca de algumas atitudes centrais que podem realmente fornecer uma boa base para lutar contra a insônia. Neste artigo, vou falar sobre a consistência do problema e como encará-lo de frente.

O que é a insônia crônica?

Quantas pessoas você conhece que tomam remédio para dormir? Pois é! Ter um sono digno natural virou um luxo.

Não estou falando daquela pessoa que diz “durmo super bem, em cinco minutos deito e estou dormindo só acordo no outro dia”, porém a companheira diz que roncou a noite inteira. Isso é uma falsa impressão de bom sono. Alguém aqui está se enganando...

A insônia crônica é a condição que se instala na pessoa surgindo pelo menos três vezes por semana durante três meses. O insone precisa demorar mais que meia hora para iniciar o sono, ou caso acorde no meio da noite, levar mais de meia hora para voltar a dormir.

É importante acreditar que a insônia não é somente algo inconveniente. Trata-se de um verdadeiro distúrbio associado ao aumento de riscos cardiovasculares, além de contribuir para quadros de hipertensão, obesidade e depressão. Além disso, o ponto importante da insônia não é isoladamente definido pela quantidade de horas que a pessoa passa dormindo ou quanto tempo ela vai levar para cair no sono, mas sim a qualidade do descanso em si para suas funções fisiológicas e psicológicas. Isso gera impacto negativo também no trabalho, com perda de produtividade, aumento do índice de acidentes de trabalho e fora dele.

A insônia crônica é a mais complexa?

Sim!

A insônia crônica é a mais complexa pois existem ali fatores que perpetuam o quadro, hábitos e crenças voltados ao sono que são inverídicos e impedem a cura da doença. Além disso, comumente existe uma combinação de múltiplos fatores, podendo ser incluída as desordens mentais e físicas. Temos aqui o ambiente para o aparecimento ou piora de depressão. Algumas outras causas como as doenças nos rins, asma e bronquite, dpoc, problemas no coração, apneia do sono, demências como Parkinson e hipertireoidismo também fazem parte. A ansiedade é sintoma comum.

Este problema atinge entre homens e mulheres de todas as idades, mas é possível aparecer mais especificamente no sexo feminino, piorando com menopausa. Estudos mostram os fatores hormonais e a queda da melatonina como fatores influenciadores.

Muito se é perguntado referente ao método para diagnosticar a insônia. Para isso, tudo começa com o a ajuda dos históricos do sono. O mesmo poderá ser obtido com um diário preenchido pelo próprio paciente em entrevista com o Médico do Sono, gerando informações referente a quantidade e qualidade do seu sono nos últimos dias, meses e anos. Pergutamos fatores relacionados desde a infância, pois temos pacientes que apresentam sintomas desde criança. Que pioram e melhoram mas sempre estão presentes.

O médico precisa ter experiência na área do sono para fazer as perguntas certas, o exame físico direcionado e levantar a hipóteses da causa daquela insônia. Diariamente atendo pacientes tomando medicamentos há anos, tentam parar e não conseguem pois não se sabe a causa daquilo. Se você vê fumaça saindo pela chaminé, precisa encontrar onde está pegando fogo. Senão vai ficar jogando água por todo lugar, abafando o problema sem resolver. Saber o extintor certo para cada fogo é o segredo dos bombeiros.

Como funciona o tratamento da insônia crônica

Apesar de não existir um único jeito de combater a insônia crônica, vemos que alguns padrões se repetem. Infelizmente vários casos não se resolvem com textos ou vídeos pela internet, pois o quadro crônico precisa de abordagem especial. Conforme a insônia se cronifica, mais difícil o tratamento.

Nesse blog temos dicas inseridas e inúmeros textos. Seguem algumas:

·            Lide com o estresse

Acredito que não seja surpresa para ninguém referente ao impacto que o estresse tem no aparecimento da insônia crônica, não é? Evitar o estresse em sua rotina diária é realmente algo a se considerar a partir de agora. Como? Uma dica é anotar em um caderninho de papel todos os seus pensamentos, anseios, nervosismos e coisas que estão na sua cabeça. Ao transferirmos os pensamentos pro papel, nossa mente entende que aquela informação já passou e pode se aquietar.

·            Pratique bons hábitos para o sono

Tenha uma rotina de deitar e acordar em uma hora pré-determinada todos os dias (inclusive aos finais de semana). Para quem não sofre de insônia, ficar na cama até meio dia é importante fator de cronificação. A pessoa tenta compensar o sono ficando mais tempo na cama. Não faça isso!

Recomendo que tenha uma rotina de horários. Principalmente horário para se levantar da cama. Ficar na cama tempo demais bagunça o relógio biológico e se arrasta para todos os dias da semana. Uma reflexão: o quanto a bagunça de seus horários de sono é reflexo da bagunça que é seu dia a dia?

        ·          Alimentação

É importante ter sempre atenção referente aos alimentos da sua dieta a partir das 18h, uma vez que os ingredientes termogênicos podem atrapalhar o surgimento do sono. Logo, tente fazer refeições leves e evite, de qualquer maneira, alimentos que contenham cafeína ou que sejam termogênicos. Evite chá preto, mate, branco, vermelho. Alguns se esquecem do chocolate, que contém cafeína e o próprio cacau é estimulante, principalmente em excesso.

Portanto, a insônia crônica merece diagnóstico e tratamento especializados. E por último, pare e pense um segundo, qual a chance real do seu sono melhorar indo do jeito que está?

 

7 Dicas contra insônia

23 abril, 2018

Insônia é coisa braba! Pode ficar por anos sem solução, com uso frequente de medicamentos. Confira essas dicas para acabar com a insônia e dormir rápido.

  1. Estabelecer horários regulares de sono, mesmo nos finais de semana;
  2. Se não conseguir dormir, levante-se depois de 30 minutos. Procure se distrair: leia, escute música, realize alguma atividade relaxante em ambiente com pouca luminosidade. Só volte para a cama quando estiver com sono;
  3.           Interromper o uso de substâncias que contenham cafeína e /ou nicotina
  4.           Praticar exercícios físicos pela manhã regularmente;
  5.           Evite cochilar ou deitar durante o dia;
  6. Evite refeições pesadas e excesso de líquidos próximos ao horário de sono;
  7.              Exposição à luz solar logo após se levantar e ao final da tarde
 

Insônia - entenda

9 abril, 2018

Qual a principal causa? Qual especialidade médica consultar? E o histórico familiar? Como é o tratamento? Medicamentos?

Esse texto está um pouco técnico, porém tenho percebido que apesar de mais difícil, a explicação é mais completa, objetiva e esclarecedora. 


1.      - O DSM (livro médico de medicina) define a insônia em primária e secundária, sendo o problema principal ou causado por outras doenças. No caso da primária, o que causa o transtorno?

1.      A insônia pode ser classificada quanto à duração e quanto à etiologia. Quanto à duração, pode ser aguda ou crônica, sendo aguda aquela com durabilidade inferior a três meses, também chamada de insônia transitória ou de ajustamento.1 De acordo com o DSM-V, a insônia conhecida anteriormente como crônica primária passou a ser denominada de transtorno da insônia.

Existem vários fatores relacionados à gênese da insônia, mas o estado de hiperdespertar ou hipervigília parece possuir um papel central. Esse estado pode estar condicionado a um estímulo diretamente relacionado ao sono ou estar presente ao longo do dia.

Particularmente, gosto muito do modelo de Spielmann, em que identificamos fatores predisponentes, precipitantes e perpetuantes.

    Fatores predisponentes são aqueles que criam as condições para o surgimento da insônia, podemos citar o estado de hiperalerta, ciclo sono-vigília irregular, história prévia de insônia, algum familiar com insônia e o último, sexo feminino.

    Fatores precipitantes são fatores psicológicos ou estressantes, como adoecimento de um ente querido ou um compromisso importante, desemprego, violência. Observamos que insones apresentam uma maior reatividade a estressores psicossociais.

    E por fim, os fatores perpetuadores, que prolongam e perduram a insônia instalada, citamos a higiene do sono inadequada, uso de substâncias como café, álcool e até medicações. Logo, a causa é multifatorial.

2.      - Como um paciente que tem os sintomas de insônia deve proceder? Qual a especialidade médica que ele deve ir?

2.      Devido alta presença da insônia na população geral, o ideal seria que os pacientes não dependessem dos grandes centros e especialistas para um bom tratamento, porém a a insônia é um transtorno complexo e frequentemente exige ação do médico do sono, que pode ter sua formação primária em pneumologia, psiquiatria, otorrinolaringologia, pediatria e neurologia. Necessitando do especialista, é interessante pesquisar se a formação do médico envolve sono e vai de encontro à insônia.

3.      - A insônia pode desencadear algum distúrbio ou doença?

3.      A insônia pode sim ser causa e desencadear outros transtornos, como depressão, transtorno de ansiedade, dificuldades de percepção, memória, juízo e raciocínio. Além disso, existe relação entre insônia e doenças vasculares como AVC, infarto do miocárdio, obesidade e diabetes.

4.      - Histórico familiar ou genético pode contribuir para insônia?

4.      Sim, o sexo feminino, história familiar de insônia. Não foi identificado no ser humano nenhum gene causador do transtorno de insônia.

             

            5.    - Como é realizado o tratamento da insônia crônica? Muda conforme o paciente, ou é igual entre eles? É necessário o exame de polissonografia nestes casos? Há outros exames realizados?


O diagnóstico da insônia deve ser realizado principalmente pela avaliação clínica. O médico faz anamnese e história clínica do paciente, indagando sobre as características, queixas e concernes relacionados ao sono. A polissonografia não é obrigatória, porém é importante porque apresenta dados que auxiliam no diagnóstico correto, principalmente avaliando-se distúrbios respiratórios, comportamentos anormais, movimentos de membros, resposta a tratamento.

Questionários de insônia e o diário de sono são ferramentas importantes, assim como a actigrafia, que mede a atividade do organismo durante o dia e a noite.


6.      6.      - Medicamentos podem ser usados? E se uma pessoa se automedicar, sem consultar um médico, quais as complicações são causadas?   


O tratamento pode ser farmacológico ou não farmacológico, a depender da gravidade, causa e tipo de insônia.

No tratamento farmacológico, iremos atuar na atividade dos neurônios e neurotransmissores, usando medicações hipnóticas, que causam sono. Sempre evitamos remédios que causem dependência ou tolerância, visando a menor dose que controla o sono e com mínimos efeitos colaterais. Voltando à sua pergunta inicial, acredito que nesse ponto é importante o especialista, pois o manejo dessas medicações é complexo.

No tratamento não farmacológico, que resolve boa parte dos problemas, ganha destaque a higiene do sono. A higiene do sono é um conjunto de hábitos saudáveis que favorecem o sono natural, podemos deixar de dica aqui pois servem para qualquer pessoa que deseje manter a insônia longe:

evitar o uso de substâncias estimulantes próximas ao horário de dormir, como a ingestão de cafeína; não consumir bebidas alcoólicas, já que estas podem causar fragmentação do sono, sono não reparador, além de desenvolver o risco de dependência; praticar exercícios físicos regularmente, porém somente até três horas antes do horário de dormir, levando-se em conta o aumento da temperatura corporal; evitar barulho, luz excessiva e temperaturas elevadas no ambiente de dormir; garantir conforto da cama e do ambiente; evitar comer em excesso antes de deitar-se. Essa é a “automedicação” saudável.

Nunca tome medicamentos para dormir sem prescrição médica, esses remédios precisam ser bem indicados para garantir boa saúde a longo. As vezes a pessoa começa a tomar um remedinho pra dormir, uma gota ou meio comprimido, e quando percebe não consegue mais dormir sem ele e tem ainda que aumentar a dose. Sempre procure ajuda médica.


7.      7.      - E quanto tempo leva em média no tratamento para resolver a insônia?


O tempo de tratamento depende diretamente do tipo da insônia, da causa e da aderência do paciente ao tratamento. Auxílio de psicólogos é importante e pode encurtar o tempo de tratamento. Já tratei casos em que obtivemos resolução da insônia em 1 semana e outros mais difíceis que se seguem por anos. Não tem receita de bolo, procuramos individualizar a terapia sempre.

 

Tratamento para ronco e Apneia do Sono - CPAP

9 abril, 2018

CPAP – Preço CPAP? CPAP como funciona? O que é CPAP? CPAP para que serve?

Se uma imagem fala mais do que mil palavras, imagine um vídeo. Gravei alguns falando somente sobre CPAP. Mas vamos para uma descrição breve.

O CPAP é o tratamento padrão para apneia do sono, comprovado cientificamente. Na maioria dos casos ele cura a apneia enquanto está sendo utilizado. Até alguns anos atrás os CPAPs eram grandes e barulhentos, e as máscaras, grandes e pesadas. Como tudo evoluiu, os CPAPs e máscaras também, sendo fabricados hoje com alta tecnologia silenciosa, confortável e amigável. Os aparelhos estão mais leves e alguns cabem na palma da mão e podem (na verdade devem) ser levados até em viagens de avião.

CPAP é uma sigla que significa Continuous Positive Airway Pressure, ou seja, pressão positiva contínua nas vias aéreas. Essa pressão de ar faz com que a garganta/faringe fique aberta, o ar pressurizado é gerado por uma turbina, sai do aparelho por um tubo chamado traqueia, indo até a máscara que fica no nariz do paciente. O ar segue do nariz até a garganta, abrindo e aumentando o espaço da faringe. A passagem do ar é reestabelecida, junto à oxigenação e a atividade cerebral, que descansa finalmente refletindo-se na qualidade de vida dia seguinte.

CPAP preço? Os preços caíram substancialmente. No passado custavam cinco mil reais, enquanto hoje em dia existem aparelhos por mil reais. Porém como saber qual aparelho comprar? Pense bem antes de ir direto à loja, pode ser o barato que sai caro. Enquanto o objetivo das lojas é comercial, o do médico e fisioterapeuta é a sua saúde, uma opinião especializada antes de comprar vai lhe orientar melhor e sanar dúvidas. Além disso, o CPAP contém um microcomputador em que são ajustados os parâmetros de cada paciente. Quem faz esse ajuste é o fisioterapeuta ou médico. Infelizmente muitas pessoas acabam comprando aparelhos automáticos, por falta de informação ou ansiedade, acreditando que aparelhos mais modernos são muito melhores. Os aparelhos automáticos, por exemplo, não são melhores do que os comuns, mas custam mais caro e exigem ajuste preciso, pois variam a pressão do ar várias vezes durante a noite, confundindo o cérebro e a respiração normal do usuário. Consulte seu médico do sono ou um fisioterapeuta do sono.

 

Tratamento para ronco e apneia do sono - Aparelho Oral

9 abril, 2018

Aparelho IntraOral para Ronco e Apneia do Sono – Dentista do Sono – Odontologia do Sono

Esse tratamento é eficaz para pacientes com apneia do sono leve a moderada (de acordo com laudo da polissonografia), e também em alguns casos graves. É opção àquelas pessoas que realmente não querem usar CPAP ou quando houver falha com o mesmo. Utilizamos bastante para executivos que viajam com frequência e não querem carregar o CPAP junto.

O aparelho intraoral atua avançando a mandíbula (osso do queixo) para frente, liberando mais espaço lá trás na garganta, aumentando a passagem do ar e tratando a apneia do sono.

O médico do sono, caso a caso, irá dizer se existe indicação para esse tratamento, encaminhando o paciente para avaliação do Dentista do Sono, que deve ser ortodontista com especialidade em sono. Existem vários tipos de aparelho intraoral, e a qualidade do profissional dentista é essencial para o sucesso. Não raro vemos casos de pacientes que gastam pequenas fortunas em aparelhos que não resolvem o problema. Não é uma placa de bruxismo, apesar de tratar o bruxismo concomitantemente. Trata-se se um dispositivo que requer ajuste preciso e contínuo, para que seja confortável e realmente reduza as apneias.

Após ajuste final do aparelho intraoral, o paciente retorna no médico do sono para avalição de necessidade de nova polissonografia, para certificar a resolução das apneias.

 

Tratamento Natural para Ronco, como evitar o ronco

9 abril, 2018

E quanto ao tratamento do ronco? E o tratamento da Apneia do Sono?

Existem basicamente 5 tipos de tratamento, a depender do quadro clínico do paciente e do resultado da polissonografia. Aqui ressalto a importância de uma polissonografia de qualidade, pois ela é fator determinante do tratamento, um exame bom ou ruim pode mudar a conduta médica e levar a resultados inesperados.

Então vamos as opções mais atuais:

Tratamento natural para ronco, como evitar o ronco: são medidas comportamentais, hábitos que aumentam o ronco e apneia do sono. Por exemplo:

a.       Evitar dormir de barriga para cima - algumas pessoas em estágios avançados da doença acabam conseguindo dormir somente de lado, passando despercebido que a causa disso é a apneia

b.       Costurar uma bola de tênis na parte de trás da camisa – ao se virar de barriga para cima no meio da noite, a bola de tênis causa um desconforto e obriga a pessoa a virar de lado

c.       Evitar relaxantes musculares e automedicação a noite – esses remédios relaxam a musculatura da garganta piorando o ronco e apneia

d.       Manter a prótese dentária (dentadura) ao dormir – a prótese favorece a anatomia normal da boca e da língua, diminuindo a chance de obstrução do ar na garganta

e.       Infelizmente não existe ainda Remédio para Ronco ou chás que tratem o ronco ou apneia do sono, quem sabe no futuro...

Exercícios para o Ronco e Apneia do Sono

Imagine se você pudesse fazer ginástica para os músculos da garganta? Essa é a proposta do tratamento para o ronco baseado em exercícios de motricidade orofacial. Como se fosse uma academia para o ronco, onde a personal trainer é a fonoaudióloga. O objetivo aqui é treinar e aumentar a contração e tônus dos músculos da faringe. Aumentando a atividade desses músculos aumentamos a dilatação da faringe, consequentemente aumentando a passagem de ar, e como o ronco e apneia são resultados da redução da passagem de ar na região, o barulho diminui e a respiração normal volta.

Durante a consulta, a fonoaudióloga especialista avalia a anatomia e funcionalidade da boca e garganta do paciente, correlaciona com o quadro de ronco e apneia, inicia os exercícios e corrige a execução gradativamente, de acordo com a resposta da musculatura, e em algumas semanas observamos o resultado.

Por ser um tratamento de baixo custo e replicável, os exercícios para o ronco podem ser prescritos isoladamente ou como auxiliar ao Aparelho Intra Oral e até com o CPAP.

E ainda temos uma vantagem extra, após aprendermos bem os exercícios com a fonoaudióloga, podemos realiza-los sempre que houver um tempo livre, no trânsito, em casa...

Esse tratamento para apneia do sono leve e ronco é validado e comprovado em pesquisa científica pela disciplina de Pneumologia da USP, sendo indicado sempre pelo pneumologista médico do sono.

 

É possível parar de roncar? Tratamento para o ronco e apneia

9 abril, 2018

Uma condição de risco que deve ser tratada. A apneia significa a parada da respiração, muitas vezes seguida pela sensação de engasgo ou sufocamento. Também está relacionada com o ganho de peso e fatores anatômicos.

 

É possível parar de roncar?

Você não está sozinho. Estudos indicam que metade da população adulta ronca. Mas o que realmente é o ronco? Nada mais é do que o barulho causado pela vibração da garganta quando respiramos dormindo. Ao dormir nosso corpo relaxa, assim como a musculatura da garganta e da língua que acaba por dificultar a passagem de ar e gerar vibração na região emitindo o som característico. Isso tende a piorar com o aumento da idade e o peso. A perpetuação do ronco colabora para aumento da flacidez da musculatura e, consequentemente, do próprio ronco, que pode evoluir para apneia.

Um fato interessante é que o ronco atinge duas vítimas, o roncador e seu acompanhante, que frequentemente reclama que não consegue dormir com o barulho e cutuca o parceiro. Por outro lado, é crescente o fato das pessoas morarem sozinhas, ainda mais em metrópoles como São Paulo. Sem ter alguém que reclame, por vezes o barulho do ronco ou as paradas respiratórias passam despercebidas, levando anos até o diagnóstico. A pessoa passa a aumentar medicações para hipertensão, obesidade, asma e dpoc, porém a solução para o controle dessas doenças pode estar no controle do ronco e apneia do sono. Cujo diagnóstico exato se dá pela polissonografia, que pode ser feita na casa do paciente.

O ronco além de ser um barulho chato, quando junto à apneia do sono, está relacionado a problemas de saúde que nem imaginamos. Além dos citados acima, sabemos de outras alterações recentemente descobertas pioradas pela apneia: disfunção erétil, ganho de peso, arritmias, asma, diabetes e neoplasias. A própria menopausa também tem relação com apneia.

Dificuldade de concentração e esquecimento são sintomas relatados em consulta muito frequentemente. Após muita investigação, por vezes meses e até anos, chega-se ao diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, inicia-se o tratamento e vemos a melhora de forma nítida. Mais disposição, concentração e vitalidade, melhor controle das doenças prévias e redução das medicações.

 

Você já teve Pneumonia?

9 abril, 2018

A pneumonia é um quadro pulmonar grave que pode levar à morte e merece atenção. É causada por germes que entram em contato com o sistema respiratório provocando uma infecção. Quando o agente causador é uma bactéria, chamamos de pneumonia bacteriana, se for por vírus, pneumonia viral. No caso viral, geralmente a pneumonia é autolimitada, passando sozinha após alguns dias sem exigir uso de antibióticos. Existe ainda a pneumonia fúngica, causada por fungos e a pneumonia alérgica.

A pneumonia bacteriana é a mais importante, adquirida na comunidade, pela população geral. Algumas bactérias estão presentes em nosso nariz, boca, garganta, pele e sistema digestivo, podendo causar a pneumonia quando nossa imunidade cai. Outros fatores como tabagismo e alcoolismo facilitam o desenvolvimento de pneumonias. Fumantes ativos e passivos apresentam inflamação crônica dos pulmões, o que facilita o desenvolvimento de pneumonias quando expostos aos agentes infecciosos. Já o álcool diminui a imunidade e pode alterar alguns mecanismos de defesa do sistema respiratório.

A pneumonia pode surgir a partir da comunidade, a chamada pneumonia adquirida na comunidade (PAC), ou em regime hospitalar, chamada então pneumonia hospitalar.

De modo geral a pneumonia não é contagiosa, não é transmissível. Mesmo se alguém tossir na nossa frente, só pegaremos a pneumonia caso os mecanismos de defesa do nosso corpo falhem, como em casos de câncer, desnutrição, doença pulmonar prévia ou de outro órgão, alteração do sono, e até stress.

Os principais sintomas são tosse com catarro amarelado ou esverdeado, dor no peito ao tossir ou respirar, calafrios, febre alta (acima de 38ºC), falta de ar, falta de apetite, dores musculares e confusão mental nos idosos. Para a confirmação, além da avaliação médica, são necessários exames como de sangue, radiografia de tórax ou tomografia de tórax.

O tratamento é feito em casa com antibióticos e sintomáticos por uma ou duas semanas. Casos graves precisam de internação hospitalar, até mesmo em UTI, a unidade de terapia intensiva. A pneumonia é causa frequente de óbitos em UTIs no mundo todo.

Felizmente as formas graves de pneumonia podem ser prevenidas com vacina, indicada para adultos com 60 anos ou mais e para adultos de qualquer idade com doenças crônicas e profissionais de saúde. A vacina anual contra a gripe também é importante, pois um quadro gripal pode diminuir as respostas imunológicas e facilitar a migração das bactérias para os pulmões causando as pneumonias bacterianas graves. Outras medidas como praticar atividade física, manter uma boa alimentação, dormir bem, beber bastante água e lavar as mãos são dicas para melhor qualidade de vida que evitam doenças. Um abraço, durma bem.

 

Asma - saiba o básico

9 abril, 2018

A asma é uma doença respiratória que afeta as vias aéreas, os principais sintomas são chiado, tosse seca, aperto no peito e falta de ar. A causa da asma é variável, existe um componente genético, passado de pai para filho, e componentes ambientais. Sabemos que o mais importante é evitar as crises de asma, momento em que ocorre grande aumento dos sintomas com chiado e tosse, provocados por inalação de pó, poeira, cheiros forte como perfume, fumaça de cigarro, queimadas, produtos de limpeza, virada de tempo e até exercício físico. Algumas doenças causam piora da asma, como refluxo gastroesofágico, depressão, rinite alérgica.

O diagnóstico é clínico, baseado na consulta médica do pneumologista, porém alguns exames são importantes. O exame de função pulmonar, também chamado espirometria, e testes de alergia complementam o diagnóstico.

Após diagnosticada a asma, o tratamento depende de vários fatores: idade do paciente, doenças existentes, uso de outras medicações, gravidade do caso. De base desses dados, o pneumologista Dr Franco Martins escolhe o tratamento do paciente. Geralmente iniciamos com as famosas “bombinhas”, que podem ser compostas de broncodilatador ou corticoide, além de medicamentos via oral e spray nasal. Inalações podem ter algum efeito, essas medicações são muito utilizadas em unidades de pronto socorro, porém são antigas e carregam efeitos colaterais como palpitação, batedeira no peito e câimbras.

O segredo da asma é o diagnóstico precoce e tratamento de manutenção adequado, evitando-se as crises, que podem piorar com o tempo.

Texto que escrevi para o site DoutorTV.com.br 

 

A pele e o Sono

9 abril, 2018

Psoríase é uma doença de pele em que foi encontrado relação com o sono.

Poucas pessoas sabem que existe uma relação da psoríase com os distúrbios do sono. É o que indica uma revisão sistemática (alto nível de evidência) publicada no jornal Sleep Medicine Reviews.

Pacientes com psoríase têm risco aumentado para ASO e deveriam ser candidatos a polissonografia, especialmente na presença de fatores como obesidade, diabetes, hipertensão arterial.

Pensando nisso, surgiram algumas recomendações, das quais concordo:

- pacientes com queixa de insônia deveriam receber tratamento dermatológico para psoríase em conjunto com terapia para a própria insônia, um vez que a redução do prurido e da dor podem resolver os distúrbios do sono

- pacientes com psoríase deveriam ser avaliados quanto a movimentos periódicos de membros (PLM)

- pacientes com psoríase frequentemente resfriam a temperatura do ambiente, o que pode desregular o controle termogênico e o ciclo sono-vigília. Esses pacientes deveriam ser interrogados quanto a transtornos do ritmo circadiano.

Confirmamos então a importância do sono em doenças que nem imaginamos, como as dermatológicas.

 

Causas do ronco e a anatomia

9 abril, 2018

Se você ronca, uma coisa é certa: você não está sozinho. Estudos indicam que metade da população adulta ronca. Mas o que realmente é o ronco? Nada mais é do que o barulho causado pela vibração da garganta quando respiramos dormindo. Ao dormir nosso corpo relaxa, assim como a musculatura da garganta e da língua, que acaba caindo na garganta e fechando a passagem do ar. O ar tentando passar nessa garganta estreita causa uma vibração, que é o ronco. Então vemos que o local onde o ronco acontece é longe no nariz, na verdade na garganta. Por isso muitas pessoas acabam operando e mexendo no nariz para tratar o ronco, sem sucesso...

O ronco tende a piorar com o aumento da idade e do peso. A perpetuação do ronco colabora para aumento da flacidez da musculatura e, consequentemente, do próprio ronco, que pode evoluir para apneia.

Um fato interessante é que o ronco atinge duas vítimas, o roncador e seu acompanhante, que frequentemente reclama que não consegue dormir com o barulho e cutuca o parceiro de cama. Em casos graves, os casais passam até mesmo a dormir em cama separadas por causa do barulho do ronco, desgastando o relacionamento por causa de uma doença que tem tratamento. Por outro lado, é crescente o fato das pessoas morarem sozinhas, ainda mais em grandes cidades como a nossa. Sem ter alguém que reclame, por vezes o barulho do ronco ou as paradas respiratórias passam despercebidas, levando anos até o diagnóstico. A pessoa passa a aumentar medicações para hipertensão (pressão alta), obesidade, asma e bronquite, insônia com tarja preta, porém a solução para o controle dessas doenças pode estar no ronco e apneia do sono. Onde o diagnóstico exato se dá pela polissonografia, que pode ser feita na casa do paciente.

O ronco além de ser um barulho chato, pode vir junto com a famosa Apneia do Sono, e está relacionada a problemas de saúde que nem imaginamos. Sabemos ainda de outras alterações recentemente descobertas pela medicina do sono que são pioradas pela apneia: disfunção erétil, ganho de peso, arritmias, asma, diabetes e câncer. A própria menopausa também tem relação com apneia. Dificuldade de concentração e esquecimento são sintomas comuns da nossa cidade. Após muita investigação, meses e até anos, o médico finalmente pede o exame de polissonografia domiciliar e chega ao diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, iniciando o tratamento. Nesse hora vemos a melhora de forma nítida. Mais disposição, concentração e vitalidade, melhor controle das doenças prévias, redução das medicações.

Uma boa notícia: o ronco tem tratamento. Após a polissonografia, o médico do sono especialista fará o tratamento adequado para cada caso, não tem receita de bolo, mas tem controle. Quer saber mais sobre o mundo do sono: uma dica é o site www.hsono.com, confira!

 

Sono das crianças - responsabilidade dos pais

9 abril, 2018

Vivemos em uma sociedade privada de sono, em que trocamos horas de descanso por afazeres, por atividades sociais e por mais trabalho. O sono da criança é reflexo da atividade e rotina dos pais, mantendo horários regulares de dormir e acordar, com quantidade de sono suficiente para cada idade da criança. Então, para que a criança acorde cedo sem stress esse horário deve ser rotina na vida dela. Assim, o relógio biológico estará bem ajustado, diminuindo a manha e indisposição.

O despertar do cérebro não é instantâneo. Quando dormimos a atividade cerebral diminui, e ao acordarmos, ela aumenta. Devemos respeitar essa progressão da atividade cerebral, é normal a criança acordar mais lentificada e sonolenta. Não se deve chacoalhar a criança, gritar, puxar da cama, não dar na mão da criança objeto ou situação em que ela possa se ferir.

As crianças não preparam sozinhas seu desjejum tampouco sua lancheira. Logo, atitudes para otimizar o tempo pela manhã são de responsabilidade dos pais. A criança deve ser orientada a cooperar.

A rotina de dormir e acordar deve manter-se durante os fins de semana, com folda de trinta minutos para mais, no máximo. A famosa síndrome da segunda feira é reflexo do acordar tarde no domingo, que leva a criança a dormir tarde, diminuindo as horas de sono ao levantar cedo no dia seguinte, causando sonolência e irritabilidade.

Havendo persistência de birra ao acordar, o ideal é procurar orientação de um psicólogo infantil, para identificar se existe algum ponto a ser melhorado. Na maioria das vezes a causa é atitude dos pais pela falta de imposição de limites à criança.

 

2 super dicas contra insônia

9 abril, 2018

Dica 1: Não leve seus problemas para a cama

“O que preciso fazer amanhã sem falta ou uma palavra que devia ter dito naquela conversa.” É o que muitos de nós leva para cama na hora de dormir. Ficamos remoendo coisas que devíamos ter feito e nos pré ocupando com as tarefas do dia seguinte. Uma dica é “não levar os problemas para a cama”, você pode ter um caderninho de anotações e anotar tudo que está ocupando sua cabeça. Você nem precisa ler o que anotou, o objetivo é transferir o conteúdo para o papel e esvaziar os pensamentos.

Dica 2: Se acordar no meio da noite, não olhe o relógio

Barulho, crianças e até o cachorro podem nos acordar no meio da noite. Em algumas situações é difícil voltar a dormir. A dica aqui é fugir do relógio! Ao olharmos as horas de madrugada, ativamos nosso cérebro e temos a sensação ruim de que deveríamos estar dormindo, aumentando os pensamentos e dimunuindo a chance de voltar a dormir. Ajuste o despertador para o horário desejado e fuja dos ponteiros no meio da noite!

Escrevi esse texto para a revista Ajinomoto.

 

Polissonografia - exame do sono em Domicílio

9 abril, 2018

O que é Polissonografia?

É o exame do sono. A Polissonografia monitora as ondas cerebrais, frequência cardíaca e respiratória, o nível de oxigênio no sangue, movimento dos olhos e pernas. É um exame completo do sono que diagnostica distúrbios como ronco, apneia, movimentos anormais, arritmias, entre outros. Seu médico solicitou a polissonografia por suspeitar que você tenha um distúrbio do sono.

Por que realizar o exame conosco?

A polissonografia pode ser um exame incômodo, ainda mais em um laboratório e com estranhos. Pensando nisso realizamos o exame no conforto e privacidade da sua casa, é a Polissonografia Domiciliar. Ela reflete a realidade do seu sono no seu ambiente habitual de dormir. Além disso, pessoas idosas com dificuldade de locomoção podem fazer o exame sem sair de casa.

Como funciona?

Você chega ao consultório, recebe as instruções, pega o aparelho e vai embora, ficamos a disposição por telefone durante a noite. Você retorna na manhã seguinte para devolver o aparelho. Você pode seguir com sua rotina normalmente. O laudo é entregue em até 1 semana.

Complicações

A polissonografia é um exame não invasivo, seguro e indolor. As complicações são raras. Ligue e consulte as datas sem compromisso.

 

Pneumonia o que é

9 abril, 2018

A pneumonia é um quadro pulmonar grave que pode levar à morte e merece atenção. É causada por germes que entram em contato com o sistema respiratório provocando uma infecção. Quando o agente causador é uma bactéria, chamamos de pneumonia bacteriana, se for por vírus, pneumonia viral. No caso viral, geralmente a pneumonia é autolimitada, passando sozinha após alguns dias sem exigir uso de antibióticos. Existe ainda a pneumonia fúngica, causada por fungos e a pneumonia alérgica.

A pneumonia bactéria é a mais importante, adquirida na comunidade, pela população geral. Algumas bactérias estão presentes em nosso nariz, boca, garganta, pele e sistema digestivo, podendo causar a pneumonia quando nossa imunidade cai. Outros fatores como tabagismo e alcoolismo facilitam o desenvolvimento de pneumonias. Pessoas que fumam apresentam inflamação crônica dos pulmões, o que facilita o desenvolvimento de pneumonias quando expostos aos agentes infecciosos. Já o álcool diminui a imunidade e pode alterar alguns mecanismos de defesa do sistema respiratório.

A pneumonia pode surgir a partir da comunidade, a chamada pneumonia adquirida na comunidade (PAC), ou em regime hospitalar, chamada então pneumonia hospitalar. Esse tipo de pneumonia é mais resistente aos antibióticos.

De modo geral a pneumonia não é contagiosa, não é transmissível. Mesmo se alguém tossir na nossa frente, só pegaremos a pneumonia caso os mecanismos de defesa do nosso corpo falhem, como em casos de câncer, desnutrição, doença pulmonar prévia ou de outro órgão, alteração do sono, e até stress.

Os principais sintomas são tosse com catarro amarelado ou esverdeado, dor no peito ao tossir ou respirar, calafrios, febre alta (acima de 38ºC), falta de ar, falta de apetite, dores musculares e confusão mental nos idosos. Apenas os sintomas não são suficientes para o diagnóstico de pneumonia. Para a confirmação, além da avaliação médica, são necessários exames como de sangue, radiografia de tórax e em alguns casos, coleta do escarro para identificar o agente causador.

O tratamento é feito em casa com antibióticos e sintomáticos por 1 ou 2 semanas. Os principais antibióticos utilizados nos adultos são a amoxacilina-clavulanato e levofloxacino. Internação hospitalar é indicada nos casos de pessoas idosas, alterações da pressão arterial, dificuldade de respirar, baixa oxigenação do sangue e na alteração da função renal, ou caso seja difícil tomar as medicações no domicílio. Alguns casos graves precisam de internação em UTI, a unidade de terapia intensiva. A pneumonia é causa frequente de óbitos em UTI no mundo todo.

Felizmente as formas graves de pneumonia podem ser prevenidas com vacina. Para a pneumonia bacteriana temos a vacina pneumocócica polivalente, indicada para adultos com 60 anos ou mais e para adultos de qualquer idade com doenças crônicas e profissionais de saúde. Para bebês e crianças pequenas a vacina pneumocócica conjugada é mais indicada. A vacina anual contra a gripe também é importante, pois um quadro gripal pode diminuir as respostas imunológicas e facilitar a migração das bactérias para os pulmões causando as pneumonias bacterianas graves. Outras medidas também podem ser adotadas como praticar atividade física regularmente, manter uma boa alimentação, beber bastante água, evitar o tabagismo, sempre lavar as mãos ou usar álcool gel. Pessoas com doenças crônicas devem manter o uso regular das medicações.

Fiz esse texto ao Portal MinhaVida, maior portal de conteúdo dobre saúde na internet.

 

Apps para o sono funcionam?

9 abril, 2018

1.Aplicativos para smartphone que prometem uma noite de sono com mais qualidade são realmente relevantes e eficazes no objetivo que propõem?

 

O crescimento dos aplicativos de sono reflete o interesse da sociedade por mais bem estar, qualidade de vida e qualidade de sono. Controlar os horários de dormir e acordar comprovadamente melhora a qualidade do sono, porque a pessoa passa se automonitorar, percebendo quando o padrão sai fora do habitual, e, consequentemente, se policiando mais. O interessante aqui é focar em horários regulares de dormir e acordar.  

 

Porém o que os apps prometem, o que o consumidor espera e o que a ciência comprova ainda estão desalinhados. A maioria dos aplicativos visa informar horas de sono, tempo para dormir e acordar, e até mesmo distinção entre sono leve e profundo. Para que essas informações sejam confiáveis, é preciso que passem pelo crivo da “validação científica”, que objetiva tornar o aplicativo válido, em outras palavras é dizer que ele realmente faz o que promete. E existe um abismo entre essa validação e os resultados dos apps. Estudos recentes mostraram discordância importante quando os aplicativos são comparados com polissonografia, o exame ideal para avaliar o sono. Sofrem interferências toda noite como posição do telefone, movimentos do parceiro de cama e tipo de colchão. Na presença de um transtorno real, eles não são uma ferramenta diagnóstica e não substituem avaliação do médico do sono.

Dessa forma, ainda é difícil dizer como essas informações poderão trazer benefício para nosso sono.

 

Uma boa notícia é que evoluímos bastante na forma como entregamos informação confiável pela internet. Para insônia crônica, por exemplo, temos ferramentas online que auxiliam o tratamento presencial, levando dicas e vídeos informativos de qualidade.

 

 

 

2.Quais são as dicas universais, digamos assim, para dormir melhor?

 

O ato de dormir bem começa ainda antes de irmos para cama. O sono é uma função vital do organismo e devemos nos preparar para essa hora, é o que chamamos de “higiene do sono”.

 

Deixar os problemas de lado, transferindo as preocupações para um caderninho de anotações é uma dica para os ansiosos de plantão.

Algumas pessoas, como os insones, precisam reaprender a dormir, resistindo a tentação de ficar muito tempo na cama ou tirar cochilos durante o dia.

Não atrapalhar o sono já é uma dica por si só. A luminosidade emitida por aparelhos eletrônicos inibe a substância melatonina, importante hormônio que promove o sono.

Aquela dose de uísque ou vinho a noite realmente facilita o início do sono, porém altera as ondas cerebrais, superficializando o sono e causando despertares e ronco na madrugada. Isso também vale para comida pesada, devemos jantar até duas horas antes do horário de ir para cama.

Alguns medicamentos e chás, como o verde, vermelho e branco têm efeito estimulante, devendo ser evitados a noite.

Temos ainda transtornos que atrapalham o começo do sono, como síndrome das pernas inquietas, depressão e dores no corpo.

Por último, temos o cronotipo, que reflete as preferências de cada pessoa quanto a horário de dormir, acordar, fazer exercícios e trabalhar. Algumas pessoas se queixam de um sono ruim, mas na verdade estão desalinhadas ao componente genético do cronotipo. O médico do sono identifica nesse balaio quais hábitos melhoram o sono para cada indivíduo, hoje sabemos que não tem receita de bolo, o segredo está na medicina personalizada.

3.Existe alguma contraindicação em usar aplicativos para resolver este problema?

 

Sim, pessoas com distúrbio de ansiedade ou outros transtornos psiquiátricos não devem preencher diários de sono sem orientação médica. O uso dos aplicativos também não é indicado como substituto a nenhum tratamento ou conduta médica.

 

4.A maioria dos aplicativos usam sons relaxantes para induzir o sono, como o Sleep Genius que foi desenvolvido a partir de uma pesquisa da NASA. Qual é a sua opinião sobre essa técnica?

 

A música ou sons relaxantes melhoram o sono principalmente em portadores de transtorno de insônia. Ouvir música calma, chamada música sedativa, diminui a adrenalina e libera ocitocina, nos deixando mais relaxados e esvaziando a mente de pensamentos intrusivos, melhorando a qualidade do sono. A música também é benéfica para o sono em pacientes internados em enfermarias, unidades de terapia intensiva, portadores de fibromialgia, bebês prematuros, transtornos de ansiedade e desordens neurológicas, como epilepsia.

Apesar de dormindo, nosso cérebro continua ativo e suscetível a estímulos externos, então o som deve ser relaxante e sem mudanças bruscas no ritmo ou volume, para não causar efeito contrário e acabar nos acordando. Uma música mais calma, instrumental, faz muito bem perto da hora de dormir vez ou outra. O que devemos evitar é a dependência desses sons ou outros estímulos para pegar no sono, fato que vemos em bebês e crianças, algumas precisam de mamadeira, colo, televisão ou música para conseguir dormir.

 

5.O hábito de mexer no celular deitado na cama antes de dormir, no escuro, pode ser um inimigo para uma noite de sono tranquila — pelo menos é o que dizem vários estudos. É possível driblar essa tendência com os aplicativos que prometem justamente relaxar e induzir o sono?

 

O efeito maléfico do uso de celulares na cama não é amenizado por qualquer aplicativo presente no mercado. Além da luz dos aparelhos inibir o hormônio do sono “melatonina”, a manipulação do celular ativa e acelera múltiplas áreas do cérebro, indo contra o que é preciso para o relaxamento e descanso do sistema nervoso. O bloqueio da luz azul, disponível em alguns aparelhos pode reduzir um pouco esse efeito. Além disso, em algum momento aparece uma mensagem ou outra que nos deixa excitados ou ansiosos. O que podemos recomendar com confiança é evitar mexer no celular na cama, seja o aplicativo que for.

 

Horário de verão - como se adaptar

9 abril, 2018

1-   O horário de verão pode trazer prejuízos ao sono?

                Sim. Quando o horário de verão começa, adiantamos o relógio em 1 hora, ou seja, perdemos essa hora de sono. Essa mudança brusca é estranha ao chamado ritmo circadiano, nosso relógio biológico. Acordamos mais sonolentos, com atenção e concentração reduzidas, facilitando ocorrência de acidentes de carro e atropelamentos. Estudos internacionais mostram aumento de tentativas de suicídio, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. Também observamos mudanças de comportamento, como pior desempenho escolar nas crianças. Ao fim do horário de verão, imaginamos que ganharemos 1 hora de sono, porém raramente isso acontece. As pessoas já estão acostumadas a dormir no horário antigo e acabam ficando acordadas até mais tarde ao invés de ficar mais tempo na cama na manhã seguinte.

                Em relação ao resto do mundo, somos uma exceção. Quase todos os países que adotam o horário de verão estão localizados acima da linha do Equador, onde o atrasar de relógios realmente reflete economia de energia. E não é todo mundo também que adota essa mudança, ela está presente em 70% das nações.

2-   De que maneira é possível minimizar esses prejuízos causados ao sono na hora de adiantar e atrasar o relógio?

                O corpo humano leva de 1 a 2 semanas para se adaptar ao novo horário. O ideal é, na semana que precede o horário de verão, a pessoa dormir cada dia um pouco mais cedo. Devemos nos deitar cada dia 10 a 15 minutos mais cedo, dormindo no sábado ou domingo 1 hora mais cedo do que o habitual. Quanto ao término do horário de verão, por vivermos em uma sociedade privada de sono, geralmente não temos muitos problemas com essa “hora a mais”.

3-   Quanto tempo o organismo demora para se adaptar à mudança? 

         Em média de 1 a 2 semanas. O que pode acontecer é essa mudança de horário acentuar distúrbios do sono já presentes. Caso uma pessoa demore mais tempo para se adequar, é interessante investigar se existe algum transtorno do sono com médico do sono, como distúrbio do ritmo circadiano ou inadequação do cronotipo.

4-   Dormir ouvindo música pode prejudicar a qualidade do sono? A música pode ajudar a pegar no sono com mais facilidade? Pode fazer uma pessoa acordar durante a finalização ou início de um novo ciclo do sono?

         A música melhora o sono principalmente em portadores de insônia. Ouvir música calma, chamada música sedativa, diminui a adrenalina e libera ocitocina, nos deixando mais relaxados e esvaziando a mente de pensamentos intrusivos, melhorando a qualidade do sono. A música também é benéfica para o sono em pacientes internados em enfermarias, unidades de terapia intensiva, portadores de fibromialgia, bebês prematuros, transtornos de ansiedade e desordens neurológicas, como epilepsia.

- Dormir ouvindo música pode prejudicar a qualidade do sono?

Apesar de dormindo, nosso cérebro continua ativo e suscetível a estímulos externos, então o som deve ser relaxante e sem mudanças bruscas no ritmo ou volume, para não causar efeito contrário e acabar nos acordando. Uma música mais calma, instrumental faz muito bem perto da hora de dormir.

 

Dor no peito

9 abril, 2018

Todo mundo já teve uma dor no peito, seja uma queimação, aperto ou uma pontada. Temos diferentes tipos de dor para diferentes estruturas que se localizam no peito, como coração, pulmões, esôfago, artérias e veias, costelas e músculos. Um desconforto no peito pode ser de origem emocional. Portanto a dor pode vim de um ou mais órgãos, sendo leve ou forte, passageira ou persistente. Vejamos as principais dores no peito, também chamado tórax:

Osteomuscular. As dores osteomusculares têm origem nos ossos e cartilagens das costelas ou músculos do peito. Aparecem após uma batida, um trauma, um acidente que tenha atingido a região. A dor deve diminuir após alguns dias ou durar por meses, caso existam fraturas. São diagnosticadas pelo exame físico apalpando a região, por radiografia ou tomografia de tórax. Na maioria das vezes são tratadas com analgésicos como a dipirona e paracetamol ou anti-inflamatórios.

Esôfago. O esôfago é um tubo de condução dos alimentos da boca até o estômago, passando pela região central do peito.  Doenças como o refluxo gastroesofágico e até mesmo tumores podem dar sintomas de queimação e ardência nessa região. Essas dores estão muito associadas à alimentação ou ingestão de medicamentos que agridem o estômago e esôfago.

Artérias e veias. Várias artérias e veias importantes estão localizadas no tórax, em uma região central chamada mediastino. Ali ficam a aorta, veias pulmonares e artérias pulmonares. Alguma agressão ou doença nessas veias pode causar fortes dores. A dor mais perigosa é pelo aneurisma de aorta, uma dilatação grave da aorta, a sensação assemelha-se a uma punhalada no peito e pode levar à morte.

Pulmões, brônquios e traqueia. Quase todo tórax é ocupado pelos pulmões, sendo a traqueia e brônquios como tubos que conduzem o ar. A tosse tem é causa importante de dor no peito, pode ser decorrente de um resfriado, a uma pneumonia grave ou até um tumor. Após semanas tossindo, a traqueia fica irritada e inflamada causando dor bem no meio do peito, que surge e piora quando tossimos. Pneumonias também causam dor, associada a febre, cansaço, falta de ar, tosse e catarro. Trata-se de uma infecção que acomete os pulmões. A embolia pulmonar é responsável por uma dor no peito de início súbito, mais frequente nas mulheres que tomam anticoncepcional, fumantes e em pessoas imobilizadas. Trata-se de um coágulo que se desprende das pernas até os pulmões, prejudicando a oxigenação. Um bom exame físico e raio x ou tomografia do tórax são suficientes para o diagnóstico pelo pneumologista, médico especialista nos pulmões, no peito e na respiração.

Coração: o coração é responsável por fortes dores no peito porém nem toda dor no peito, como vimos, é do coração. Vejamos as que têm origem no coração e podem ser fatais. Infarto e arritmia são as mais comuns. A dor do infarto aparece no meio do peito, de forte intensidade, melhora com o repouso e pode irradiar-se para o queixo e braço esquerdo. O diagnóstico surge por exames de sangue e o famoso eletrocardiograma. O diagnóstico das arritmias também é pelo eletrocardiograma. Outras alterações dentro do coração, como nas válvulas cardíacas, causam também dor e falta de ar.

Emocional. Quando estamos sob forte stress ou sobrecarga emocional podemos sentir um engasgo, como uma bola presa na garganta ou no peito. Os exames do pronto socorro são normais porém se mantém aquela sensação ruim com angústia. Calmantes podem ser úteis. O ideal nessa situação é conversar com um psicólogo ou psiquiatra.

As crianças podem ter dificuldade de relatar dor no peito. Elas expressam a dor por gestos como um aperto ou algo ruim nessa região. A asma é um quadro em que a criança relata aperto no peito, tosse, chiado e som da respiração que lembra miado de gato.

Vemos então que o peito contém vários órgãos e várias doenças que causam dor. É importante prestar atenção nas característica das dor, como e quando ela começa, em que situação, como desaparece, se vai para algum lugar no corpo, se melhora com alguma coisa e se está associada a outros sintomas, como febre, tosse, falta de ar ou cansaço. Baseado nessas informações, o médico solicitará os exames necessários elaborar ao diagnóstico. Evite ficar muito tempo com a dor no peito sem conversar com um profissional.

 

Ar condicionado faz mal à saúde?

9 abril, 2018

Ninguém gosta de ambientes abafados e calorentos. Entrar naquela loja fresquinha com ar condicionado é tudo de bom. Voltamos para casa de carro ou no ônibus com ar condicionado ligado. E ao dormir ligamos novamente o ventinho fresco do aparelho dentro do quarto, passando ali mais sete a oito horas. O bem estar agradece mas quem sofre é nosso nariz, garganta e pulmões.

O ar condicionado possui um compressor acoplado a um gás resfriante,  que realmente libera um ar gelado, e seco. Esse ar, por ser gelado e seco afeta as vias aéreas, como vemos em pessoas que apresentam sinusite, rinite alérgica e asma após um dia respirando no ar condicionado do carro ou do escritório.

A via aérea, composta pelas estruturas do nariz, garganta, traqueia e brônquios, são responsáveis por aquecer e umidificar o ar inalado. Logo, quão mais frio e seco o ar, maior o impacto nas vias aéreas, que passam a produzir secreção como a coriza, espirros, tosse e chiado no peito. Essa reação das vias aéreas pode acontecer também quando somos expostos a choque térmico,  quando saímos de um ambiente com ar condicionado para um ambiente quente. Após dias de exposição a esse ar frio e seco ou episódios de choque térmico, o quadro pode cronificar, atrapalhando quem tem tendência a rinite, sinusite, bronquite e asma.

Um quarto fresquinho é importante para dormirmos bem. É comprovado que temperaturas mais baixas melhoram o sono. Assim sendo, uma temperatura mais refrescante favorece uma boa noite de sono.

Minha dica como pneumologista e médico do sono é: evite ficar várias horas exposto ao ar frio e gelado do ar condicionado, se puder, prefira o climatizador. Use com moderação e durma bem.